WASHINGTON - Um sapo do tamanho de uma bola de boliche, com armadura e dentes afiados, viveu entre os dinossauros há milhões de anos. Parecia tão ameaçador que os cientistas que o descobriram apelidaram-no de "Beelzebufo", ou "sapo-demônio".
Mas o tamanho - 5 kg e 40 centímetros de comprimento - não é o único aspecto curioso da criatura. Pesquisadores descobriram o fóssil em Madagáscar, mas o animal parece ser um parente próximo de dos sapos normais que hoje vivem na América do Sul, o que põe em questão algumas idéias sobre a geografia do mundo pré-histórico.
A descoberta, encabeçada pelo paleontólogo David Krause da Universidade Stony Brook, foi publicada na edição desta segunda-feira, 18, do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
"Este sapo, se tinha os mesmos hábitos de seus parentes vivos da América do Sul, era bem voraz", disse Krause. "É até concebível que tenha engolido alguns dinossauros recém-nascidos".
Krause começou a encontrar ossos excepcionalmente grandes de sapo na costa africana, em 1993. Eles datavam de cerca de 70 milhões de anos atrás, numa área onde também havia fósseis de dinossauros e crocodilos. Mas só recentemente ele conseguiu ossos suficientes de sapo para montar uma imagem da criatura.
O maior sapo da atualidade, o Golias da África Ocidental, pode pesar até pouco mais de 3 kg. Mas especialistas afirmam que Beelzebufo não tem parentes da áfrica atual.
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